sexta-feira, 15 de maio de 2009

Barca do inféu

O diabo rega uma semente e dali nasce uma canoa com dois remos

Diabo: Rego aqui e nasce minha barca. Nisto rego cá pra brotar o homem, a quem devo convencê-lo do inferno. Homem... brote!

Aparece um burro mascando capim

Burro: Iá!

Diabo: Burro, entre na barca!

Burro: Nhô!

– O burro solta um peido na cara do diabo e foge –

Diabo: Que burro burro, será que não sabe quem sou eu?

– O diabo rega a canoa e brota um homem –

Homem: Ah!

Diabo: Homem, busque aquele burro.

Homem: Sim!

– O homem sai atrás do burro. Ouve-se uma barulhada do homem capturando o burro. Eles entram em cena. O homem puxando o burro pelo rabo. O burro peida na cara do homem, mas este não o larga. –

Diabo: Rego o burro!

– O burro transforma-se na canoa. O rabo transforma-se no remo. O homem segura-o. –

Diabo: Homem, entre na barca.

Homem: Iá!

– O homem e o diabo entram na canoa –

Diabo: Para o céu!

– E a canoa sai batendo asas. –


Fernando Aquino

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